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Uso da Biotecnologia em relação à Biodiversidade

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              A biodiversidade brasileira garante ao país grande potencial para o desenvolvimento do setor de biotecnologia, um dos mais promissores da economia e que apresentou rápido crescimento nos últimos anos.

            Conforme aponta a Fundação Biominas (2012), as empresas de biotecnologia são aquelas cuja atividade comercial principal é a aplicação tecnológica que utiliza organismos vivos, sistemas ou processos biológicos, na pesquisa e desenvolvimento, na manufatura ou na provisão de serviços especializados. Essas empresas podem ser divididas em sete categorias: saúde humana (kits de diagnóstico, vacinas, curativos e peles artificiais, etc.); saúde animal (kits de diagnóstico, vacinas, transferências de embriões, etc.); agricultura (clonagem de plantas, diagnóstico molecular, melhoramento genético, etc.); meio ambiente (biorremediação, tratamento de efluentes e áreas degradadas); bioenergia, insumos (enzimas, kits para extração de DNA); e misto (kits de diagnóstico para doenças humanas e animais).

         Pesquisa realizada em 2010, pela mesma fundação, identificou 271 empresas privadas de biociências no Brasil, 53% delas (143 empresas) de biotecnologia. O conjunto das empresas de biociências ou ciências da vida é mais amplo do que o de biotecnologia, pois inclui segmentos como serviços de validação de novos medicamentos (ensaios pré-clínicos e clínicos) e o desenvolvimento de dispositivos médicos de última geração, que não se enquadram na definição estrita de biotecnologia e vêm assistindo uma ampliação de sua importância no país.

            A diversidade da vida é elemento essencial para o equilíbrio ambiental planetário, capacitando os ecossistemas a reagirem melhor às alterações sobre o meio ambiente causadas por fatores naturais e sociais, considerando que, sob a perspectiva ecológica, quanto maior a simplificação de um ecossistema, maior a sua fragilidade. A biodiversidade oferece também condições para que a própria humanidade adapte-se às mudanças operadas em seus meios físico e social e disponha de recursos que atendam a suas novas demandas e necessidades. Historicamente, as áreas de aproveitamento de recursos genéticos e biológicos têm sido inúmeras, destacando-se a alimentação, a agricultura e a medicina, dentre outras aplicações.

            A biodiversidade  do  Brasil abriga  hoje  entre 15% e 20% das espécies vegetais, animais e  microrganismos do mundo.  Apesar do crescente interesse internacional pela megabiodiversidade brasileira, sabemos que ela por si só não é garantia de crescimento econômico, tampouco de desenvolvimento sustentável. Mas espera-se que o País, além de importante exportador de matéria-prima, se converta no protagonista de uma nova economia mundial, baseado no uso sustentado da biodiversidade e dos seus recursos derivados, agregando valor para os diferentes setores produtivos.

            Diferentes produtos utilizados pela sociedade possuem suas fontes na biodiversidade nacional. São alimentos, fibras, itens farmacêuticos e químicos, óleos naturais e essenciais, entre outros. Estima-se que o valor da biodiversidade esteja em torno de alguns trilhões de dólares. Entretanto, a realidade das cifras pode ser drasticamente reduzida, uma vez que temos pouco conhecimento sobre as espécies do nosso próprio ecossistema. Uma percentagem muito baixa das espécies nativas foi pesquisada geneticamente. E sabemos que a geração de produtos de alto valor agregado a partir da biodiversidade está diretamente relacionada ao uso intensivo do conhecimento e do alto nível tecnológico.

            A exploração e a manipulação da natureza e de seus recursos, de início como simples matéria-prima utilizada na construção de uma base material para as sociedades industrializadas, vêm também hoje servindo como fonte para as experimentações da ciência e tecnologia avançadas, dando origem à fabricação de produtos de alta sofisticação e de elevado valor agregada no mercado mundial.

 

 

 

Autor: Cristiane Almeida

Sou uma Gestora Ambiental.

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